Notícia do dia fonte: ipcdigital
Clientes de uma transportadora que divulga serviço de mudanças para o Brasil protestam contra prejuízos sofridos. Eles alegam que pagaram pelo serviço e a mudança não foi entregue no Brasil. O grupo, formado por cinco brasileiros, procurou a delegacia de polícia de Seki, em Gifu, e registrou queixa contra a transportadora Avante Logistics. A polícia tirou cópia dos recibos e contratos e vai investigar a queixa de estelionato, feita pelos clientes.
Segundo eles, o número de pessoas lesadas seria bem maior, mas muitos moram em regiões distantes de Gifu e outros já teriam embarcado de volta para o Brasil.
O grupo também buscou ajuda no Setor de Assistência à Comunidade da Prefeitura de Seki, e recebeu orientação para acionar o serviço de Defesa do Consumidor.
No endereço em Seki divulgado pela transportadora funciona um galpão que está fechado. Os brasileiros estiveram no local, mas não conseguiram falar com os responsáveis. Um dos clientes lesados é Suzanete Ota, que pagou pelo envio da mudança em junho do ano passado e até hoje espera a encomenda ser entregue no Brasil. "Prometeram honestidade, companheirismo. O preço é igual ao das outras transportadoras", explica Suzanete.
Já Maria Eudeci Hatanaka estava no Brasil e teve que voltar ao Japão para tentar reaver a mudança que despachou e o dinheiro que pagou pelo serviço. "São mercadorias de valor sentimental, roupas, objetos de casa e eletrodomésticos. Coisas que juntei com economias de cinco anos trabalhando no Japão, coloquei dentro de uma caixa e mandei para o Brasil", desabafa a brasileira.
Contactado pela reportagem do Jornal IPC, o gerente da Avante Logistics não quis gravar entrevista. Ele alegou que para falar precisa ter autorização do dono da empresa, Fernando Masao Inafuku, que está no Brasil e só deve voltar ao Japão daqui dois meses. Segundo o gerente, o atraso na entrega das mudanças foi causado por problemas no desembaraço na alfândega, e que alguns clientes teriam que providenciar documentos pedidos pela Receita Federal. O gerente disse que o dono da empresa está no Brasil justamente para resolver esses problemas.
Inserida em 04/01/2010